Entrega
Por
Fabiana de Almeida
:
eis que me entrego ao Amor. Amor assim mesmo, com letra maiúscula. O Amor
verdadeiro, maior e mais bonito. Amor que não necessita, mas precisa. Amor que
ilumina, que transcende, que bate descompassadamente, desconexo e calmo. Que
vibra as células do meu corpo, treme a carne e descansa nos perfumes mixados,
sublimes.
Entrego-me
ao Amor sem dúvida, sem não ou talvez, sem culpa nem pudor. Amor intangível,
indizível, ininteligível. Entrego-me porque simplesmente. Entrego-me. Amor
incondicional, sem fronteiras, que se instala sem ondes e nem quandos.
Amor
que entorpece e tange o intransponível, que segue lado a lado. Amor, fonte de
vida nas minhas entranhas, fortaleza de minha razão, que entontece e significa.
Amor
que regurgita força, que enobrece e protege. Entrego-me ao Amor cego, e que sem
enxergar, vê. Amor que, em sua infinitude, irradia pelos meus poros, luz do meu
ser, e que faz de mim um instrumento.
Entrego-me.
Sem passado. Um futuro ainda a ser escrito. Mas ainda assim, entrego-me.
Sossego enquanto me entrego, e posso vislumbrar os mais audaciosos sonhos.
Vislumbro ainda o amadurecer de uma nova era, de um novo começo, ad libitum. E assim nasce a vida, a
minha vida, o objeto da minha entrega subjetiva, do meu Amor...
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